Primeiro a Suécia, depois a Dinamarca e agora Federação de Comércio de Madeira do Reino Unido (FCMRU) notificaram compradores sobre eles estarem descumprindo leis ao importar a madeira teca de Myanmar. A Federação do Comércio de Madeira do Reino Unido foi ainda mais dura e exigiu resposta da União Europeia.
De acordo com a NEPCon, organização sem fins lucrativos da Dinamarca, as autoridades dinamarquesas pediram a sete empresas nacionais que elas adotem sistemas de diligência caso queiram continuar vendendo a teca de Myanmar na Europa. A NEPCon afirma que as autoridades auditaram algumas empresas que importaram teca de Myanmar após serem notificadas pela Agência de Investigação Ambiental. As autoridades dinamarquesas concluíram que os sistemas usados atualmente pelas sete empresas citadas anteriormente não são suficientes para evitar o uso de madeira ilegal. Isso levanta questões sobre se é realmente possível para os importadores de madeira de Myanmar satisfazerem todas as exigências da Regulação de Madeira da União Europeia.
O problema, segundo a NEPCon, é que as autoridades de Myanmar não estão autorizando aos importadores da União Europeia acesso às informações sobre a origem das madeiras e que eles também não possuem sistemas que impedem a entrada de madeira ilegal no mercado.
Em reação às novas normas da Dinamarca, o Ministro de Recursos Naturais e Conservação Ambiental de Myanmar liberou uma declaração onde reconheceu a dificuldade em identificar a origem das madeiras porque, atualmente, seu sistema é primariamente dedicado só para o registro de estatísticas.
Agora a FCMRU está pedindo ao resto da Europa que adotem as mesmas ações da Suécia e da Dinamarca contra compradores da teca de Myanmar. David Hopkins, diretor-geral da FCMRU diz “já que as autoridades de Myanmar não podem garantir sua legalidade, os membros da FCMRU devem parar de comprar teca vinda de Myanmar.”.